sexta-feira, 25 de novembro de 2011

ITIL V3 – Transição do Serviço – Processos – Gerenciamento de Liberação e Implantação

O processo de Gerenciamento de Liberação e Implantação é o responsável por executar a instalação de pacotes de liberação. Na verdade, este processo, além de instalar, é responsável também por construir, testar e implantar os pacotes de liberação. Vocês podem estar se perguntando, mas o que é um pacote de liberação? Segundo o ITIL, um pacote de liberação é composto de todos os itens necessários para que uma determinada mudança de um serviço ou a implantação de um novo serviço possa ser feito de forma completa, ou seja, estamos falando não apenas do serviço propriamente dito, em relação a software e hardware, mas também de documentos, correlacionamentos entre serviços, etc.

Pelo o que podemos perceber, a palavra chave desse processo é planejamento. O processo de Gerenciamento de Liberação e Implantação deve garantir a confecção e manutenção de planos suficientemente claros e abrangentes para que as mudanças ou implantações de novos serviços possam acontecer sem grandes impactos. Por ser um processo que “mete a mão na massa”, ele interage com uma série de outros processos do ITIL, especialmente os processos de Gerenciamento de Mudança e o Gerenciamento de Configuração.

Outro ponto importante em relação ao Gerenciamento de Liberação e Implantação que não pode ser negligenciado, é o Suporte para Período de Funcionamento Experimental (SPFE). Este suporte faz, na verdade, uma operação assistida, por um determinado período tempo até que haja a estabilização do serviço que foi implementado ou que foi alterado.

Na próxima postagem, finalizaremos os processos da etapa de Transição do Serviço com o processo de Gerenciamento do Conhecimento. Vocês não perdem por esperar!!

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

ITIL V3 – Transição do Serviço – Processos - Gerenciamento de Configuração e Ativos do Serviço

Continuando a nossa viagem pelos processos da fase de Transição do Serviço do ciclo de vida dos serviços preconizado pelo ITIL V3, falaremos nesta postagem sobre o Gerenciamento de Configurações e Ativos do Serviço. Se pudéssemos resumir os objetivos desse processo em uma única palavra, essa palavra seria, sem sobra de dúvidas, CONTROLE. O Gerenciamento de Configuração é um processo base que suporta outros processos de Gerenciamento de Serviços a fim de que os Controles sobre os serviços de TI e seus ativos estejam disponíveis para os diversos processos.

Apesar de parecer óbvio, é bom lembrar que o Gerenciamento de Configuração tem que ser muito bem conduzido para que ele possa prover informações sobre as configurações dos serviços de TI de forma precisa, diminuindo ao máximo problemas de qualidade e conformidade na entrega dos serviços por causa de configurações falhas dos ativos e dos próprios serviços. Sobre esse aspecto, devemos lembrar que o Gerenciamento de Configuração é muito mais complexo do que um inventário, uma vez que um inventário simples traria muita informação que não faria sentido para o serviço de TI e o Gerenciamento de Configuração tem o papel de elencar e relacionar todos os ativos, serviços e infraestrutura de forma a encadear todas as dependências entre os itens de configuração que afetam um determinado serviço de TI . Além disso, um item de configuração pode ser qualquer coisa que impacte na prestação do serviço, incluindo aí, além dos ativos mais óbvios de infraestrutura, ativos como ANS, ANO, Serviços Técnicos, Serviços de Apoio, Softwares, etc.

Outra informação importante diz respeito a algumas atividades desse processo. O Gerenciamento de Configuração deve definir o escopo do que será gerenciado de forma a uniformizar o processo de gerência sobre os itens de configuração dos serviços. Mudanças que porventura venham a acontecer em uma determinada configuração de um serviço deve ser feita por meio do Gerenciamento de Mudança (ver postagem anterior para mais informações sobre esse importante processo) e finalmente, o processo de controle e aperfeiçoamento dos mecanismos deve sermpre ser melhorado, com o aumento da maturidade neste processo.

Falaremos na próxima postagem do processo de Gerenciamento de Liberação e Implantação que também faz parte da fase de Transição do Serviço. Não percam e...

Sigam-me os bons!!!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

ITIL V3 – Transição do Serviço – Processos – Gerenciamento de Mudanças


Nessa postagem falaremos de um dos processos mais testados, discutidos, aplicados e importantes da fase de Transição do Serviço: o famosíssimo Gerenciamento de Mudanças. No ITIL V3, o Gerenciamento de Mudanças é o responsável por atender aos requisitos das mudanças que acontecem nos serviços e no negócio dos clientes sem perder de vista a busca pela maximização do valor e pela redução de incidentes, paradas não programadas e/ou retrabalhos.

De certa forma, o Gerenciamento de Mudanças materializa os requisitos que estão vindo da fase de Desenho do Serviço, mas é importante salientar que não é responsabilidade do Gerenciamento de Mudanças implementar a mudança (“botar a mão na massa”). O seu papel se baseia mais na coordenação, gestão e acompanhamento do processo. Assim sendo, podemos dizer que o Gerenciamento de Mudanças visa garantir que métodos e procedimentos padronizados sejam utilizados para que as mudanças possam atingir seus objetivos. Trocando em miúdos, o Gerenciamento de Mudança zela para que as mudanças possam seguir um rito formal, mas ágil quando necessário, que vai desde o registro da mudança até a sua implementação, passando pelo planejamento, pela avaliação, pela autorização (quando necessário) e pela documentação.

Não é nossa intenção descrever cada atividade do Gerenciamento de Mudanças aqui no nosso humilde blog, mas existem informações que valem a pena serem colocadas. A primeira informação que julgo relevante diz respeito ao fato de que a mudança pode ser qualquer coisa que possa ser classificada e altere um estado de um item de configuração. Isso que dizer que uma mudança pode ser de um projeto, assim como pode ser de um serviço de TI. Desta forma podemos dizer que todas as outras fases do ciclo de vida do serviço podem utilizar-se do processo de Gerenciamento de Mudança.

Outra informação relevante é a de que uma mudança pode ser classificada de diferentes formas. Cada classificação indicará a forma como o processo de mudanças será conduzido. Mudanças Padrões, por exemplo, são mudanças que tem um risco baixo, são pré-aprovadas e são mais comuns do dia a dia. Mudanças mais complexas podem necessitar de análise mais profunda, criação de planos de recuperação e necessidade de validação por parte de alguns comitês. Por falar em comitês, o ITIL V3 fala dos seguintes comitês de aprovação de mudanças:

  • CCM (Comitê Consultivo de Mudanças). Comitê composto por pessoas do negócio e pessoas da área técnica. Tem a função de aconselhar como uma determinada mudança deverá ocorrer em termos de avaliação, agendamento e priorização

  • CCME (Comitê Consultivo de Mudanças Emergenciais). Este comitê é um subconjunto do CCM e é responsável por decidir sobre mudanças de alto impacto que sejam emergenciais.

Seguiremos nas próximas postagens com os outros processos da fase de Transição do Serviço. Não percam!!!!