sexta-feira, 29 de novembro de 2013

MPS.Br – Processos – Parte 2


Continuando a nossa “passada de olho” pelos processos do MPS.Br, vamos abordar, conforme combinado na postagem anterior, os processos dos níveis de maturidade E e D. Preparados? Então vamos lá!

Nível E – (Parcialmente Definido - Característica principal: padronização do processo)

  • Avaliação e Melhoria do processo Organizacional: Identificar o quanto os processos padrões da organização ajudam a empresa no planejamento e na implementação de melhorias nestes processos, com base no entendimento de seus pontos fortes e pontos fracos. Perceba que a melhoria ainda não é baseada em indicadores e sim na percepção qualitativa do processo.
  • Definição do Processo Organizacional: Identificar e gerenciar um conjunto de ativos e padrões do ambiente de trabalho que são aplicáveis às necessidades de negócio da organização.
  • Gerência de Recursos Humanos: Prover a empresa e seus projetos com os recursos humanos necessários e gerenciar as competências para que estejam alinhadas às necessidades da organização. É o processo responsável pela alocação de pessoas, seleção e treinamento.
  • Gerência de Reutilização: Não confunda com gerência de domínio! Este processo é responsável pelo gerenciamento do ciclo de vida dos ativos que são reutilizáveis na organização.

Nível D – (Largamente Definido - Característica principal: padronização da Engenharia de Software)

  • Desenvolvimento de Requisitos: Responsável por estabelecer os requisitos do produto e de seus componentes e também os requisitos do cliente.
  • Integração do Produto: Responsável por compor os componentes do produto para que possam se tornar um produto integrado e consistente em relação ao seu design. Deve demonstrar, também, que os requisitos funcionais e não-funcionais foram atendidos.
  • Projeto e Construção do Produto: Atividades de desenvolvimento clássicas, ou seja, projetar, desenvolver e implementar soluções para atender aos requisitos.
  • Validação: Garantir que o produto ou um componente seu atenderá ao propósito anteriormente definido quando for colocado no ambiente para o qual foi desenvolvido.
  • Verificação: Confirmar que cada serviço ou produto de trabalho do processo ou do projeto reflete de forma correta os requisitos especificados para o mesmo.

Pessoal, finalizamos aqui os processos dos níveis de maturidade D e E do MPS.Br. Na próxima postagem fecharemos os processos restantes dos níveis A, B e C...
 
..Vocês não perdem por esperar!!!


sexta-feira, 22 de novembro de 2013

MPS.Br – Processos – Parte 1


A partir desta postagem, vamos entrar nos processos do MPS.Br. Como já havia dito anteriormente, não temos a intenção de aprofundar nos processos porque senão teríamos uma série de postagens que poderiam deixar o leitor cansado e não traria tanto benefício ao nosso foco principal que é o de fazer uma gestão de TI inteligente, certo?

De forma didática, vamos elencar os processos por Nível de Maturidade. Para cada processo, vamos descrever o seu propósito principal e alguma característica interessante, então, vamos nessa!

Nível G – (Parcialmente Gerenciado - Característica principal: gerência do processo de trabalho do projeto)

  • Gerência de Projetos: Planejar e controlar as atividades, tarefas e recursos de um projeto para que o mesmo possa produzir um produto ou um serviço dentro dos requisitos solicitados e das restrições existentes.
  • Gerência de Requisitos: Gerenciar os requisitos dos produtos e de seus componentes dentro de um projeto e permitir identificar discrepâncias entre os requisitos e os planos do projeto.

Nível F – (Gerenciado - Característica principal: gerência dos produtos que são resultados dos projetos)

  • Aquisição: Adquirir um produto e/ou um serviço que atenda a necessidade identificada pelo cliente. Este processo é uma herança da ISO 12207.
  • Gerência de Configuração: Gerenciar a integridade de todos os produtos de trabalho, finais ou intermediários, de um processo ou de um projeto. Tem também a responsabilidade de disponibilizar estes produtos a quem é de direito.
  • Garantia da Qualidade: Garantir que os produtos e os processos estão em conformidade com os planos e recursos definidos. Vejam que, no MPS.Br, há uma união de conceitos (garantia e controle de qualidade), diferente do que é pregado por alguns autores da Engenharia de Software e pelo PMBOK.
  • Medição: Coletar e analisar as informações relativas aos produtos e aos processos de um determinado projeto, a fim de apoiar os objetivos de negócio da organização.

Pessoal, para não ficarmos com postagens muito extensas, vamos dividir a descrição dos processos em mais de uma postagem. Na próxima, veremos os processos dos níveis E e D, combinado?

... então...

... Sigam-me os bons!!!

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

MPS.Br – Capacidade do Processo e Atributos de Processos


Conforme havíamos dito na postagem anterior, vamos elucidar um pouco mais como o MPS.Br trata os conceitos de Capacidade do Processo e dos Atributos de Processos para a aferição do Nível de Maturidade neste modelo.

A Capacidade do Processo é, na verdade, um conjunto de Atributos de Processos (no total de 9, na versão 1.2 do MPS.Br). Cada Atributo de Processo está detalhado em relação aos resultados esperados para que o mesmo possa ser atendido. Estes Atributos são associados aos Níveis de Maturidade, definindo, assim, de acordo com a quantidade de Atributos atendidos, qual o Nível de Maturidade de uma determinada organização, ou parte dela.

Abaixo colocamos uma relação entre os Atributos de Processos, chamados de AP e os Níveis de Maturidade do MPS.Br:

  • AP 1.1 (Nível G)
  • AP 2.1 e AP 2.2 (Nível G e F)
  • AP 3.1 e AP 3.2 (Níveis E, D e C)
  • AP 4.1 e AP 4.2 (Nível B)
  • AP 5.1 e AP 5.2 (Nível A)
obs.: Os APs 4.1, 4.2, 5.1 e 5.2 são exclusivos da versão 1.2.

Vocês podem estar se perguntando o que significa toda essa numeração... Não se preocupem que coloquei abaixo a lista de cada Atributo de Processo (AP), a fim de que fique claro o entendimento:

AP 1.1 – O processo é executado - Significa dizer que o processo realiza o que foi proposto para ele.

AP 2.1 – O processo é gerenciado - Significa que a execução do processo é gerenciada.

AP 2.2 – Os produtos de trabalho são gerenciados - Significa que os produtos de trabalho realizados pelo processo são gerenciados de forma adequada.

AP 3.1 – O processo é definido - Significa que existe um padrão e que o mesmo apoia a implementação do processo.

AP 3.2 – O processo está implementado - Significa que o processo, padronizado, é de fato implementado para atingir os seus objetivos.

AP 4.1 – O processo é medido - Significa que algumas medições são usadas para assegurar que o desempenho do processo ajuda a alcançar os objetivos para o qual este processo foi proposto.

AP 4.2 – O processo é controlado - Significa que o processo é controlado estatisticamente, permitindo se ter previsibilidade, estabilidade e capacidade de execução.

AP 5.1 – O processo é o objeto de inovações - Significa que a mudanças no processo são identificadas a partir da análise dos seus indicadores e da investigação de possíveis inovações.

AP 5.2 – O processo é otimizado continuamente - Significa que a mudanças no processo têm, de fato, impacto no alcance dos objetivos, no que tange os aspectos relevantes de melhoria do mesmo. 

Antecipando um pouco a postagem sobre os processos do MPS.br, relaciono abaixo uma tabela com o Nível de Maturidade, os Processos e os Atributos de Processos que devem ser alcançados. Isto significa dizer, por exemplo, que o processo Gerencia de Riscos – GRI, que está no Nível C, deve atender aos Atributos de Processo, AP 1.1, 2.1, 2.2, 3.1 e 3.2. Lembro, ainda, que o MPS.Br é cumulativo, ou seja, quando uma organização passa de um nível para o outro, os processos do nível anterior devem atender a Capacidade do novo Nível, ou seja, os Atributos de Processos definidos para o novo nível alcançado.



Na próxima postagem, falaremos dos processos do MPS.Br, combinado?

Então...

... Sigam-me os bons!!!

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

MPS.Br – Níveis de Maturidade


Queridos leitores, apesar de não estar ainda 100%, após a cirurgia no joelho, estamos de volta com a intrigante viagem pelo MPS.Br! Nesta postagem vamos descrever os Níveis de Maturidade que foram definidos pelo modelo nacional. Como havíamos avisado em postagens anteriores, vamos comparar os Níveis de Maturidade do Mps.Br com os Níveis do CMMI, fonte inspiradora do modelo em estudo.



Conforme figura acima, vemos que a primeira diferença entre os modelos é que o Mps.Br define sete níveis de maturidade e o CMMI apenas cinco. Além disso, o modelo nacional resolveu classificá-los em letras e não em números, conforme lista a seguir:

A – Em Otimização (representa o nível 5 do CMMI)

B – Gerenciado Quantitativamente (representa o nível 4 do CMMI)

C – Definido (representa o nível 3 do CMMI)

D – Largamente Definido (representa o nível 3 do CMMI)

E – Parcialmente Definido (representa o nível 3 do CMMI)

F – Gerenciado (representa o nível 2 do CMMI)

G – Parcialmente Gerenciado (representa o nível 2 do CMMI)

Vale a pena lembrar que esta divisão em estágios tem uma graduação mais adequada à micro, pequenas e médias empresas. Além disso, é importante também lembrarmos que o MPS.Br não possui a maturação contínua, como existe no CMMI. Aqui há apenas a medição por estágios.

Mas como é feita a graduação dos Níveis de Maturidade no modelo nacional? Ufa! Ainda bem que alguém pensou nesta pergunta, certo? Bem, cada Nível de Maturidade exige que sejam atendidos os propósitos dos processos deste determinado nível, com uma determinada Capacidade. Esta Capacidade do Processo é, na verdade, um conjunto de Atributos dos Processos, descritos em termos de resultados esperados.

Com o aumento da maturidade, vem o aumento do nível de Capacidade exigido dos processos. Assim sendo, verificamos que os níveis são cumulativos, ou seja, para uma organização passar do nível G para o F, por exemplo, todos os processos devem passar a demonstrar o nível de capacidade correspondente ao nível F.

Na próxima postagem entraremos em um detelho maior no que diz respeito à relação entre a Capacidade do Processo e os Atributos dos Processos.

Vocês não perdem por esperar!!!