Nesta postagem estaremos falando de um tema que gera um pouco de confusão na cabeça das pessoas, o Ciclo de Vida de um projeto. Como teremos a possibilidade de ver nas próximas postagens, o PMBOK definiu cinco grupos de processos: o grupo de iniciação, o grupo de planejamento, o grupo de execução, o grupo de controle e o grupo de encerramento. Como os nomes desses grupos nos remetem a nomes utilizados para representar fases de um ciclo de vida, é comum vermos, até entre alguns autores famosos de gerência de projeto, a definição dos grupos de processos como sendo o ciclo de vida do projeto. Isto está errado!!!! Na verdade o que o PMBOK preconiza é que o ciclo de vida do projeto deve definir as fases que ligarão o início ao fim de um projeto e que a sua elaboração deve ser progressista. Parece ser algo bem genérico, mas é isso mesmo! Não existe um ciclo de vida ideal do projeto. O melhor caminho a seguir vai depender da organização e do produto a ser construído. Assim, em um projeto de software, por exemplo, pode-se utilizar o RUP como o ciclo de vida de seu desenvolvimento e a cada marco, ou seja, a cada entrega a ser feita pelo projeto, todos, ou quase todos, os processos dos cinco grupos descritos acima deverão ser executados novamente e assim sucessivamente até a entrega do produto final.
Outra confusão comum nas pessoas diz respeito a diferença entre o ciclo de vida do projeto e o ciclo de vida do produto. Não confundamos, por favor! Como demonstrado na figura abaixo, o ciclo de vida do produto é sempre maior do que o ciclo de vida do projeto. Uma experiência que passei a pouco tempo mostra exatamente isso. Fiquei como líder de um subprojeto cujo objetivo era produzir o plano de capacidade para um grande sistema que está sendo desenvolvido(grande mesmo, com um cronograma de 5 anos). Terminado o subprojeto, o documento final, ou seja, o plano de capacidade estava pronto em sua versão final, porém no decorrer do projeto de desenvolvimento do software, certamente, este plano deverá ser revisitado e provavelmente adaptado as mudanças que certamente irão acontecer no decorrer desses anos de projeto. O produto (plano de capacidade) possui, portanto um ciclo de vida muito maior que o projeto que o produziu (que finalizou de forma satisfatória e com sucesso, graças a Deus!).
Uma última informação que julgo ser pertinente em relação ao ciclo de vida do projeto, diz respeito a influência das partes interessadas (stakeholders – ver postagem anterior) ao longo do ciclo de vida do projeto. No início do projeto, em suas fases iniciais, onde os custos da mudança são baixos, há a expectativa de que a influência dos stakeholders seja grande. Com o decorrer do tempo, é importante que esta influência esteja devidamente mitigada, pois caso venham a acontecer, o projeto poderá ter um custo maximizado, conforme demonstra gráfico abaixo.
Amigos, acredito que vamos mergulhar agora em uma fase bastante interessante do PMBOK. Vamos verificar as áreas de conhecimento e os grupos de processos.
Are you ready? So, here we go!!!!