segunda-feira, 28 de maio de 2012

COBIT – Introdução - Histórico


O COBIT – Control OBjectives for Information and related Technology, é um framework de melhores práticas criado pela ISACA que tem como missão “Pesquisar, desenvolver, publicar e promover um conjunto de objetivos de controle para tecnologia que seja embasado, atual, internacional e aceito em geral para o uso do dia a dia de gerentes de negócio e auditores”.

Caros leitores, percebam algumas palavrinhas/expressões mágicas na missão do COBIT que dão uma pista do que realmente trata este framework de melhores práticas. A primeira expressão é “...objetivos de controle...”. Hmmmm... O COBIT tem como foco principal o gerenciamento da TI, por meio do controle, para que a mesma esteja alinhada com os objetivos de negócio. Uma outra expressão marcante é a seguinte: “...uso do dia a dia de gerentes de negócio...”. Esta última expressão corrobora o pensamento anterior e dá ao COBIT a ideia de modelo guarda-chuva, uma vez que tem que estar preocupado com a TI como um todo, já que é usado pelos gerentes de negócio, ou seja, não pode ser um modelo que mergulhará em um único aspecto de TI específico (infra, desenvolvimento, etc). Terá que ver tudo mesmo...

Em termos históricos, a primeira versão do COBIT nasceu em 1996 e nada mais era do que um Check List sobre auditoria em TI (daí o porquê deste framework ser voltado para o controle, sacaram?). A segunda versão veio dois anos mais tarde, em 1998, e incorporou uma séria de atualizações de referências no campo da auditoria de TI (continuamos com a ideia do Check List).


Em 2000, o mundo foi abalado com alguns escândalos que assombraram Wall Street, como por exemplo o caso ENRON, mega empresa de energia americana que forjava os seus dados contábeis e fiscais, maquiando-os e escondendo informações relevantes de seus acionistas. Neste ano foi criada, nos USA, a lei SOX (Sarbanes & Oxley – Nome dos proponentes da Lei) e o COBIT viu-se obrigado a incorporar os seus princípios, para manter-se atualizado com as novas exigências legais. Veio então a terceira versão que trazia contigo um guia de Governança Corporativa.

A partir da quarta versão, lançada em 2005, o COBIT passou a ter mais a cara que ele tem hoje. O foco passou a estar mais na Governança de TI e não na auditoria, apesar de manter em seu DNA a ideia do controle por meio de medições de indicadores de TI. Já em 2007, veio a versão 4.1, com refinamentos em relação à versão anterior.

Em 2011 o COBIT fez o lançamento da versão 5, que ainda não está sendo muito utilizada, mas que em breve deverá absorver todo a versão 4.1 e ampliar a sua área de atuação. No nosso blog, vamos explorar mais a versão 4.1 por ser a mais usada, mas traremos as novidades da versão 5.0 na medida do possível!!!

Vamos juntos?

sexta-feira, 18 de maio de 2012

COBIT – Coffee Break 1 – Para que serve a Utopia?


Queridos leitores, damos início nesta postagem a mais uma intrigante viagem! Dessa vez vamos explorar o COBIT, também conhecido como o modelo guarda-chuva da gestão de TI. Vocês não sabem o porquê? Não se preocupem que vamos explorar esse assunto durante a nossa caminhada, porém gostaria de nos permitir um Coffee Break antes de adentrarmos neste novo assunto do nosso blog (Faz tempo que não temos um, né?).

Neste Coffee Break gostaria de conversar com vocês sobre a seguinte indagação: Para que serve a utopia? Esta pergunta foi feita por um aluno de uma universidade, durante a palestra do poeta e escritor uruguaio Eduardo Galeano junto com o cineasta argentino Fernando Berri. O cineasta saiu com a seguinte resposta que gostaria de compartilhar com vocês: “A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar”.

Pensando um pouco sobre a resposta e trazendo-a para a nossa “realidade”, acho que o cineasta e o escritor conseguiram sintetizar exatamente o que sinto em relação à Gestão Inteligente de TI. A Utopia deve ser a meta (processos, modelos, estruturas, enfim tudo implementado e funcionando perfeitamente), mas sabemos que a realidade não nos permite alcançá-la, o que não nos impede de caminharmos, sempre, melhorando e nos abastecendo da necessidade de buscá-la...

Para completar, coloco abaixo o resto da entrevista do Eduardo Galeano, onde ele trata de um mundo utópico e, com certeza, bem melhor!!!! Não deixem de assistir, vale muito a pena...



A partir da próxima postagem iniciaremos a nossa “caminhada” pelo Cobit, em busca da nossa utopia: uma Gestão de TI inteligente, completa, eficiente, eficaz e que sirva como alicerce para o crescimento das empresas e do nosso país!!!!

Vamos juntos?

… então

... Sigam-me os bons!!!!

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Próximos Passos

Queridos leitores, após uma longa viagem pelo universo do ITIL V3 chegou o momento de pensarmos nos próximos passos do nosso humilde blog.

Depois de falarmos de governança de TI (Matriz de responsabilidade e modelos), de projetos (PMBOK – 3ªe 4ª edições) e de gerenciamento de serviços de TI (ITIL V3), acredito que o melhor seja darmos continuidade ao planejamento que havíamos feito quando terminamos o assunto PMBOK, vocês lembram? Não? Então vamos lá:
  • COBIT
  • CMMI
  • MPS.br
  • APF
Com essa agenda, ao passarmos pelo COBIT, esgotaremos o assunto governança de TI e entraremos na área do desenvolvimento, com os modelos de qualidade do CMMI e do MPS.br e com a técnica da APF para mensuração de software.

Depois disso entraremos em outras cearas mais profundas sobre uma Gestão de TI Inteligente.

Vamos juntos?

Então tá! Apertem os cintos porque vamos decolar em mais uma viagem interessante em um dos modelos mais abrangentes da TI, o COBIT!!!

sexta-feira, 4 de maio de 2012

ITIL V3 – Melhoria de Serviço Continuada – Processos – Medição de Serviço


Finalizando os processos da fase de Melhoria de Serviço Continuada, do ciclo de vida de serviço preconizado pela biblioteca ITIL V3, vamos falar sobre a “Medição de Serviço”. Já falamos em várias postagens da importância da medição do serviço para que possamos aferir seu desempenho, gerenciá-lo com eficiência e agregar mais valor ao mesmo, certo? Pois bem, o ITIL coloca que para os serviços de TI não bastam, simplesmente, medirmos o desempenho de itens isolados, sejam eles de infraestrutura, como um servidor de banco de dados por exemplo, ou sejam de aplicativos em operação. Na verdade, a medição de serviço deve ser capaz de medir e reportar um determinado serviço de TI de ponta a ponta, ou seja, todo o serviço e seu ciclo de vida. Mas como fazer isso?

Para resolver essa equação, que não é simples, o ITIL sugere que se crie uma estrutura de medição de serviços, onde a combinação de métricas consideradas importantes para o serviço proveem uma perspectiva acurada e balanceada sobre o serviço.

Assim sendo, o primeiro passo para a criação dessa estrutura de medição é entender e assimilar os processos de negócio e, a partir deles, identificar aqueles que mais contribuem para entregar valor ao negócio. A partir daí, a combinação de que falamos no parágrafo anterior refere-se a identificar, dentre as opções a seguir, quais necessidades devem ser medidas para identificar a “saúde” de um determinado serviço: serviços, componentes e processo de gerenciamento do serviço.

Caros leitores do nosso humilde blog, com essa postagem finalizamos a extensa, mas interessante viagem pela biblioteca ITIL. Espero que tenha contribuído para disseminar o conhecimento sobre esse importante capítulo na nossa busca por uma Gestão de TI Inteligente. Vamos entrar em um novo assunto a partir da próxima postagem. Espero que seja tão interessante como foi este.

Vamos juntos?

… então

... Sigam-me os bons!!!!