sexta-feira, 26 de novembro de 2010

ITIL V3 – Introdução e Conceitos – Histórico do ITIL


Começamos a partir desta postagem uma grande viagem por uma das mais espetaculares bibliotecas de melhores práticas para gerenciamento de serviços de TI!!! A biblioteca ITIL!!! Aliás, o correto, em português, seria dizer a ITIL e não o ITIL, uma vez que a mesma é uma biblioteca, mas não vamos ficar brigando com aqueles (inclusive eu mesmo) que tratam como o ITIL, como é mais utilizado pelo mercado (alguns dizem que é o modelo de melhores práticas, o framework, etc,etc,etc).


O ITIL, ou a ITIL, nasceu há 20 anos na Inglaterra (oficialmente tem 20 anos de vida, mas as práticas de gerenciamento existem a muito mais tempo). Na década de 80, a primeira ministra daquele país, Margareth Thatcher, mais conhecida como a Dama de Ferro (pense numa mulher bruta...) iniciou uma mudança na estrutura do governo inglês com a privatização de algumas empresas estatais, as famosas British --alguma coisa-- (BP – British Pretolium, British Airways, etc). Para gerenciar o funcionamento dos mercados que estavam sendo privatizados, foram criadas as agências reguladoras. Uma delas, a CCTA (uma espécie de ANATEL britânica), reuniu empresas públicas, privadas, fundações, entre outras organizações e poderes públicos para identificar quais seriam as melhores práticas no gerenciamento de serviços de TI. Desta reunião saiu a versão 1 do ITIL, em 1990.

A biblioteca foi, aos poucos, conquistando o mercado europeu, especialmente a Alemanha, França e Holanda. Apenas no final dos anos 90, o ITIL entrou nos Estados Unidos. Em 2000 foi lançada a versão 2 da biblioteca. Nesta versão foram feitos resumos e integrações dos vários processos descritos na versão anterior. A versão 2 da ITIL ganhou o mundo e se popularizou como o framework de melhores práticas no gerenciamento de entrega de serviços em TI mais utilizados pelas organizações (existem muitas outras). A CCTA passou a se chamar OGC (Office of Govermment Commerce), cujo foco é adotar práticas para a eficiência da gestão pública. A OGC é a detentora da marca ITIL, porém ela não se interessa em montar cursos, fazer exames de certificação, implementar a ITIL mundo afora, etc. Isso fica a cargo de uma estrutura que rodeia as decisões tomadas pela OGC

Em 2007 foi lançada a versão 3 do ITIL. Esta versão tem uma visão mais ampla de governança de TI, já que, nas versões anteriores o foco principal era a parte de infraestrutura de TI. Como o tempo médio de vida de uma versão do ITIL é de 7 a 10 anos, acredito que o estudo da V3, ao invés da V2 será mais útil para os nossos leitores e para as empresas que pensam em gerenciar os serviços de TI com base nos processos descritos no ITIL.

Vamos juntos nessa nova e interessante viagem!!!!!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Aniversário de 1 ano!!!


Completamos, neste dia 19 de Novembro, o primeiro aniversário desse blog!!! Idealizado a partir de uma antiga ideia de disseminar o conhecimento e de ajudar as organizações a fazerem uma gestão de TI inteligente, o nosso blog alcança esta importante marca tendo passado por assuntos de grande relevância no contexto da governança de TI. Desejo vida longa ao blog com muitas informações, dicas, exemplos e experiências. Tudo isso sem deixar de lado o bom humor...

Sigam-me os bons!!!!!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Mudança no Planejamento Inicial

Pessoal, na postagem do dia 12 de março de 2010, após passarmos pelos conceitos de governança de TI e pela interação entre as principais metodologias, fizemos um planejamento dos tópicos que seriam abordados no nosso blog. Naquele momento a sequência colocada me parecia uma sequência lógica razoável para que pudéssemos navegar pelas metodologias, melhores práticas e bibliotecas existentes no mercado. Porém, como a única certeza que temos na vida é que as coisas mudam, após passarmos por todo o processo de gerenciamento de projetos acho que uma mudança no planejamento inicial se faz necessário. Explico.

Havíamos colocado a seguinte sequência para o nosso blog:

1 – Gerência de Projetos – PMBOK
2 – CMMI
3 – Mps.Br
4 – APF
5 – ITIL V2
6 – ITIL V3
7 – COBIT

A lógica era trabalharmos a área de desenvolvimento e depois a área de infraestrutura. O gerenciamento de projetos, por servir as duas áreas, ficou sendo o primeiro tópico a ser abordado. Após passarmos pelo PMBOK, verifiquei que o ITIL V3 está muito mais amplo, abrangendo uma grande parte da governança de TI. Diante dessa constatação, acho que será mais produtivo se trouxermos com maior prioridade o ITIL V3 e o COBIT, uma vez que estaríamos continuando toda a lógica inicial do blog (Gestão de TI inteligente). Nessa nova estratégia, não faz mais sentido trabalharmos com o ITIL V2, já que, apesar de ser bastante utilizada pelas organizações, esta versão está em processo de substituição pela V3.

Após fecharmos os assuntos mais ligados à governança, entraremos na parte mais focada na qualidade de software e processo de desenvolvimento. Dito tudo isso, o novo planejamento ficará da seguinte forma:

1 – Gerência de Projetos – PMBOK (Concluído)
2 – ITIL V3
3 – COBIT
4 – CMMI
5 – MPS.Br
6 - APF

Vamos pra frente que atrás vem gente!!!!!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

PMBOK – Diferenças entre a 4a e a 3a edição – Parte 2


Nesta postagem estaremos finalizando a comparação entre a 4a e a 3a edição do PMBOK. Abordaremos as áreas de conhecimento que não foram contempladas na postagem anterior. Vamos lá?

Gerência de Riscos

Fonte: Curso Cathedra


Gerência da Qualidade

Fonte: Curso Cathedra


Gerência de Recursos Humanos

Fonte: Curso Cathedra


Gerência das Comunicações

Fonte: Curso Cathedra


Processo: Identificar as partes interessadas.

Este novo processo da 4a versão tem como objetivo principal identificar todas as pessoas e/ou organizações que possam ser afetadas pelo projeto. Além disso, este processo é responsável por fazer a análise e a documentação dos níveis de interesse, expectativas, importância e influência de cada parte interessada identificada.

Gerência das Aquisições

Fonte: Curso Cathedra


Caros leitores, após longa caminhada é com imensa satisfação que informo que esta postagem finaliza tudo o que tinha para compartilhar com vocês no que se refere à gerência de projetos. Não significa que o mundo da gerência de projetos se resuma aos tópicos abordados neste blog, mas acredito que tendo o objetivo de disseminar o conhecimento, o conteúdo aqui postado compõe uma sólida base de informações. Espero que tenham curtido pois, a partir da próxima postagem, estaremos abordando um novo tema dentro do que considero uma Gestão de TI inteligente.

Sigam-me os bons!!!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

PMBOK – Diferenças entre a 4a e a 3a edição – Parte 1


Caros leitores, decidimos descrever todos os processos da 3a edição do PMBOK porque esta é, ainda, a versão mais utilizada na prática pela a maioria das empresas. Contudo, não podemos deixar de esclarecer que a 4a edição, lançada em 2008, começa a ganhar espaço no dia a dia das organizações. Dessa maneira, para que possamos deixar o nosso blog sempre atualizado, em relação às melhores práticas e metodologias do mercado, deixamos como tópico final do assunto referente a gerenciamento de projetos, as principais diferenças entre essas duas edições.

Ciclo de vida do projeto

Segundo o PMBOK na sua 4a edição, todos os projetos podem ser mapeados para uma estrutura genérica de ciclo de vida. Conforme figura abaixo, esta estrutura está dividida em: início do projeto, organização e preparação, execução do trabalho do projeto e encerramento do projeto.



Essas fases do ciclo de vida do projeto podem ter as seguintes relações: Sequenciais, sobrepostas e iterativas. De forma geral, em fases sequenciais há a diminuição das incertezas, mas pode eliminar a possibilidade de redução do cronograma. Em fases sobrepostas pode existir o retrabalho, se uma fase subsequente progrida antes que as informações corretas sejam disponibilizadas pela fase anterior. Finalmente, em fases iterativas, apenas uma fase está planejada a qualquer momento e o planejamento da próxima fase é feito à medida que o trabalho avança. Neste tipo de ciclo de vida, o escopo é gerenciado por entregas contínuas de incrementos do produto e priorização de requisitos para minimizar riscos e aumentar o valor comercial do projeto.

Áreas de conhecimento

Em relação ás áreas de conhecimento, o PMBOK padronizou os nomes dos processos, alterando os nomes de todos aqueles que não começavam com um verbo no infinitivo. Agora, todos os processos seguem esta nova regra, como por exemplo, o processo “Controle integrado de mudanças” que passa a se chamar “Realizar o controle integrado de mudanças”.

Alguns processos foram extintos, outros criados e ainda outros mudaram de grupo de processos. A seguir colocamos quadros com as alterações ocorridas em cada um das áreas de conhecimento.

Gerência de Integração

Fonte: Curso Cathedra

Gerência de Escopo

Fonte: Curso Cathedra
Processo:Coletar os requisitos

Este novo processo tem o objetivo de definir e documentar as funcionalidades do projeto e do produto. Esses requisitos servirão de base para a criação da EAP e pode ser dividida em requisitos do projeto e requisitos do produto.

É importante deixar claro que os requisitos devem ser coletados com detalhes suficientes que permitam que os mesmos sejam medidos durante a execução do projeto.

Gerência de Tempo

Fonte: Curso Cathedra

Gerência de Custos

Fonte: Curso Cathedra

Como costumamos fazer no nosso blog, para evitar postagens longas e enfadonhas, finalizaremos na próxima postagem as diferenças encontradas nos processos de cada área de conhecimento. Não percam!!!!