Nesta postagem vamos dar início a última Característica Geral do
COBIT, qual seja: Dirigido por Métricas. Para melhorar o
entendimento, iremos dividir este tópico em dois assuntos, a saber:
Modelo de Maturidade do COBIT e Metas e Indicadores do modelo. Nesta
postagem trataremos especificamente do primeiro assunto.
O Modelo de Maturidade do COBIT não estabelece patamares evolutivos,
como os modelos de maturidade do CMMI, que veremos futuramente. Seu
objetivo maior é permitir que seja realizado um benchmarking dos
processos medidos e que os perfis dos processos de TI possam ser
reconhecidos pela organização.
Assim sendo, o modelo de maturidade do COBIT identifica, por meio de
um questionário extenso, o nível de maturidade de cada processo de
TI da empresa, conforme figura abaixo, identificando onde a empresa
está atualmente, onde a média do mercado se encontra em relação
àquele processo medido, qual o nível de excelência existente hoje
no mercado e onde a organização gostaria de chegar.
Percebam que o COBIT define seis níveis de maturidade ( de zero a
cinco) que se aplicam a cada processo do COBIT. Vamos ver cada um
deles? Então vamos lá!
Nível 0 – Inexistente – A organização não reconhece que
existe uma questão a ser tratada e não existe processos que possam
ser identificados.
Nível 1 – Inicial/Ad-hoc – Neste nível, a organização
reconhece que exite uma questão a ser tratada, mas as abordagens são
improvisadas e tendem a ser aplicadas a situações individuais
Nível 2 – Repetível, mas intuitivo – Neste nível, os processos
se desenvolveram de forma que procedimentos similares são executados
por pessoas diferentes que realizam a mesma tarefa, porém ainda não
existe treinamento ou repasse formal e a responsabilidade de como
agir fica a cargo do indivíduo que realiza a atividade.
Nível 3 – Processo definido – Neste nível os procedimentos
estão padronizados, documentados e comunicados pela organização.
Cabe ao indivíduo que executa as atividade, seguir os procedimentos
padronizados, mas ainda não há mecanismos que garantam que o
processo é de fato seguido.
Nível 4 – Gerenciado e mensurável – Neste nível há a
identificação se um processo padronizado está sendo seguido, pois
é possível monitorar e medir a conformidade entre o que está
institucionalizado e o que está sendo praticado. É neste nível,
também, que começam a existir melhorias constantes e
estabelecimento de boas práticas.
Nível 5 – Otimizado – Neste nível, os processos foram refinados
até alcançar as melhores práticas, com base nos resultados da melhoria contínua e comparações com outras organizações. A TI é
utilizada para automatizar os fluxos de trabalho, aumentando a
qualidade e a efetividade dos mesmos.
Existem empresas que decidem fazer um mapa geral em relação a todos
os processo do COBIT, mas isso não é algo obrigatório. É possível
focar processo a processo, levando-se em consideração o objetivo de
criação deste Modelo de Maturidade.
A figura abaixo mostra uma situação hipotética, apenas para
ilustrar, onde uma determinada empresa fez a sua avaliação em
relação a cada processo do COBIT. Ela identificou como estava o
mercado em cada um dos processos e se autoavaliou, definindo, então,
os gaps entre o que o mercado já alcançou e como ela se avaliou.
Assim sendo, foi pintando com cores cada um dos processos de acordo
com o resultado obtido. A escala vai do vermelho, que significa que a
empresa está muito atrás do que o mercado tem como padrão, até o
lilás, que identifica que a empresa está melhor qualificada que o
mercado.
É importante salientar que as estratégias a serem tomadas com base
no Modelo de Maturidade dependem do negócio da empresa. Não é
porque você está classificado, em um determinado processo, pior do
que o mercado, que fará com que a empresa, obrigatoriamente, busque alcançar
aquele nível. Isto tudo depende de como o seu negócio se comporta,
entenderam?
Na próxima postagem, continuaremos com mais informações da
característica “Dirigido por Métricas”.
Vocês não perdem por esperar!!!
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