Queridos leitores, nesta postagem iremos abordar alguns conceitos
básicos do MPS.Br, especialmente aqueles que diferem do CMMI. Esses conceitos
nos permitirão entender o porquê deste modelo ser tão alinhado à realidade
brasileira, sem perder a compatibilidade do mercado internacional.
Quando uma empresa quer se certificar em Mps.Br, uma das primeiras
coisas a fazer é definir o Escopo da
Avaliação. Este escopo, na verdade, delimita as fronteiras organizacionais
que serão avaliadas, os processos incluídos e o contexto no qual eles são
executados. Os processos devem possuir um Modelo
de Referência, onde são descritos o propósito, os resultados esperados e a relação com outros processos. Tudo que
a organização ache útil para atingir os objetivos de um
determinado processo é considerado pelo MPS.Br como um Ativo do Processo. Exemplos de Ativos do Processo são: políticas,
material de treinamento, documentos, padrões, etc.
Vimos que no CMMI existe(m) a(s) Meta(s) Específica(s) dos processos.
Estas metas, normalmente, descrevem o que deve ser feito pelo processo. Já no
MPS.Br, existe o conceito de Resultado
Esperado do Processo. Este resultado é, na verdade, um produto gerado, algo
observável que relate o sucesso na tentativa de alcançar o objetivo do
processo. Esta diferença entre conceitos torna a avaliação do MPS.Br um pouco mais objetiva do que a avaliação do
CMMI.
Na mesma linha de pensamento, vimos que o CMMI possui o conceito de
Metas Genéricas. Estas Metas, normalmente, tratam da institucionalização dos
processos. No MPS.Br existe um outro conceito, chamado de Atributo de Processo. O Atributo de Processo é uma característica
mensurável da capacidade do processo e que é aplicável a qualquer processo, ou
seja, são indicadores gerenciais que permitem, de forma mais tangível do que no
CMMI, medir a capacidade do processo avaliado. Mas o que seria a Capacidade do Processo na visão do
MPS.Br? Ainda bem que alguém perguntou... Bem, a Capacidade do Processo é a
habilidade de um determinado processo atingir os objetivos de negócio atuais ou
futuros.
Outro conceito bem interessante é o Perfil do Processo. Vocês lembram que o CMMI era binário? Ou tudo
ou nada? Pois bem, o MPS.Br aprimorou esta ideia e criou o Perfil do Processo,
que na verdade é um conjunto de pontuação de Atributos de Processo para um
processo avaliado. Assim, enquanto a coisa era 0 ou 1 para o CMMI, no MPS.Br os Atributos
de Processo são avaliados em uma escala maior permitindo capturar as nuances do
processo de uma forma mais explícita que no CMMI.
Bem, passado pelos conceitos, veremos na próxima postagem como o
MPS.Br definiu os seus Níveis de Maturidade. Para fixar o conteúdo de forma
mais fácil, faremos uma comparação com o CMMI, combinado?
Então...
...Sigam-me os bons!!!
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