quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Desafio!!!

Uma vez apresentada a Matriz de Governança de TI, chegou o momento de lançarmos um desafio de final de ano!!!! Procure mapear a Matriz de Governança de TI da sua empresa. Identifique, para cada decisão de TI ou domínio de TI, o arquétipo que decide e o arquétipo que auxilia na decisão, contribuindo com informações e opiniões importantes para tomada de decisão.

Faça uma reflexão sobre o que você mapeou, analise os resultados, pense um pouco e você descobrirá que alguns problemas que a sua área de TI pode estar enfrentando são reflexo de um arranjo de governança mal definido para um determinado domínio de TI.

Veja abaixo um exemplo de como ficaria o resultado do mapeamento da Matriz de Governança de TI de uma empresa fictícia.



Mãos à obra... Lembre-se que a implantação de uma TI inteligente depende da análise e do trabalho de cada gestor. Feito o mapeamento e a análise, iniciaremos, nas próximas postagens, a definição de como mudar e como fazer da área de TI da sua empresa uma TI inteligente!!!!

Até a próxima...

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

A Matriz de Governança de TI

Agora que já vimos as cinco decisões críticas que devem ser tomadas em relação a TI e os seis arquétipos da governança, chegamos ao ponto tão esperado!! Como dito na postagem do dia 24 de novembro, para que se tenha uma governança de TI eficaz é necessário, antes de qualquer coisa, identificar quem manda no quê!!!

Abaixo apresento para vocês a famosa e importante Matriz de Governança de TI. Esta grade é montada com o cruzamento das cinco decisões críticas de TI, também chamadas de domínios de TI, e os seus respectivos arquétipos, quer dizer, o modelo de governança que foram identificados na pesquisa realizada por Ross e Weill. Analise a sua empresa, veja quem toma as decisões sobre cada um dos domínios de TI e monte esta planilha. Na próxima postagem diremos como preencher a planilha corretamente e como analisar seus resultados.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Arquétipos da Governança de TI – Parte 3

Finalizando as definições sobre os arquétipos da governança de TI, vamos falar nesta postagem sobre os arquétipos que estão faltando: o duopólio de TI e a anarquia.


Duopólio de TI – É um arranjo entre duas partes em que as decisões representam o consenso bilateral entre executivos de TI e algum outro grupo. É comum verificar, nas empresas onde as decisões são tomadas pelo duopólio de TI, a configuração em forma de “roda de bicicleta” ou “comitê em forma de T”. No primeiro caso o grupo de TI encontra-se no cubo central da roda e as unidades de negócios estão em volta do aro. Os raios da roda são os relacionamentos bilaterais entre o grupo de TI e as várias unidades de negócio. No segundo caso existem dois comitês sobrepostos: o comitê executivo (a parte horizontal do T), composto de administradores das áreas de negócio e o comitê de TI (a parte vertical do T) composto por técnicos de TI. Estes comitês discutem os assuntos e tomam as decisões.


Anarquia - Neste modelo, indivíduos ou pequenos grupos tomam suas próprias decisões com base somente em suas necessidades locais. As anarquias são a ruína de muitos grupos de TI, sendo caras de sustentar e preservar, porém podem ser adotadas em casos específicos, onde se requer, por exemplo, uma resposta muito rápida a necessidade locais ou a clientes individuais.

Com todos os conceitos colocados aqui no nosso blog, poderemos agora partir para o resultado prático, ou seja, podemos montar a Matriz de Governança de TI da nossa empresa. Vamos explorá-la nas próximas postagens, antes de entrarmos em outros assuntos. Vamos juntos... Agora a coisa vai esquentar de vez!!!!!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Arquétipos da Governança de TI – Parte 2

Dando continuidade as breves, mas muito importantes explicações sobre os arquétipos da governança de TI, falaremos nesta postagem sobre o Feudalismo e o Federalismo. Leiam atentamente.


Feudalismo – Este arquétipo é baseado nas ”tradições da antiga Inglaterra”, onde príncipes e princesas, ou os cavaleiros por eles escolhidos, tomavam suas próprias decisões, otimizando suas necessidades locais. Em termos de governança de TI, equivale a dizer que as decisões de TI são tomadas sem nenhuma sinergia entre as unidades de negócio, ou seja, cada uma definindo como as decisões de TI serão tomadas por conta própria. De uma forma geral, o modelo feudal tem caído em desuso, já que, a maioria das empresas está em busca da sinergia entre as unidades de negócio, porém será que alguém nunca ouviu falar de uma empresa ou órgão publico que trabalhasse assim???


Federalismo – Assim como em uma Federação, neste modelo, as responsabilidades e os poderes em relação às decisões de TI são distribuídas pelas unidades de negócio, mas com uma regra geral definida pela direção da empresa. Para Peter e Weill, este modelo é o mais difícil arquétipo para a tomada de decisões, pois os líderes da empresa têm preocupações diferentes das dos líderes das unidades de negócio. O que acaba acontecendo neste tipo de modelo é que as unidades de negócio maiores e mais poderosas ganham mais atenção e possuem maior influência sobre as decisões a serem tomadas.

Não se esqueçam que estamos montando uma grande matriz de Decisões de TI X Arquétipos de TI. Esta matriz nos auxiliará a entender melhor o funcionamento da TI em nossas organizações e poderá nos mostrar pontos de falha importantes que podem ser a diferença entre termos uma gestão de TI inteligente e uma TI vista apenas como “despesa”. Na próxima postagem terminaremos de explicar os dois arquétipos que faltam... Não deixem de acompanhar!!!!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Arquétipos da Governança de TI – Parte 1

Agora que já vimos quais são as decisões de TI que cada empresa deve tomar a fim de se ter uma boa governança de TI e consequentemente uma gestão de TI inteligente, vamos identificar quem são os grupos de pessoas existentes nas organizações que foram classificados como possíveis mandatários de cada uma das decisões.

Para facilitar o entendimento, usaremos a figura dos arquétipos, ou seja, faremos uma caracterização de grupos de pessoas que têm direitos decisórios ou contribuem para a tomada de decisões de TI. Para Ross e Weill, autores de pesquisa em mais de 200 empresas de vários tamanhos e de várias nacionalidades, é possível se identificar os seguintes arquétipos nas organizações: monarquia de negócio, monarquia de TI, feudalismo, federalismo, duopólio de TI e anarquia. Parece piada, mas você verá que consegue identificar esses arqétipos também na sua empresa. Vamos explicar melhor o que significa cada um deles...


Monarquia de Negócio – Em uma Monarquia de Negócios, os altos executivos tomam decisões de TI que afetam a empresa como um todo. O CEO (entre outros CxOs) e os executivos que comandam as várias unidades de negócio, além do CIO, compõem um comitê executivo. Neste comitê o CIO participa de forma igual em relação aos demais líderes e as decisões são tomadas em grupo.


Monarquia de TI - Neste modelo, os profissionais de tecnologia da informação tomam as decisões de TI. Este arquétipo pode ser constatado de várias formas, dependendo da empresa. Há empresas, por exemplo, onde são implementados escritórios de arquitetura de TI. Estes escritórios se tornam responsáveis por tomar toda e qualquer decisão pertinente a arquitetura de TI da empresa.

Nas próximas postagens daremos continuidade as explicações dos arquétipos. Notem que estamos montando uma matriz de responsabilidade.... Não percam.... Isto pode ser muito útil para analisar a empresa em que você trabalha....

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Decisões de TI - Parte 3

Assim como toda boa trilogia, explicaremos hoje, na terceira postagem sobre o assunto, as duas decisões que faltam para fecharmos o conjunto de decisões importantes de TI. Vamos lá?


Necessidades de Aplicações de Negócio – Apesar de todas as decisões de TI descritas até agora envolverem o valor de negócio da TI, é esta decisão que gera valor direto para o negócio. Saber identificar quem manda em relação a esta decisão de TI fará toda a diferença em relação ao uso dos recursos de TI de forma eficiente e eficaz.

Por ser uma decisão de suma importância, é bem comum vermos conflitos entre a criatividade em se criar soluções novas e a disciplina para manter a integridade arquitetônica, assegurando que as aplicações aproveitem e amplifiquem a arquitetura da empresa, sem, contudo, destruir seus princípios.


Investimentos e Priorização de TI – Comumente esta decisão é a mais controversa. Em pesquisa realizada por Peter e Weill, as empresas que obtiveram um valor superior da TI concentraram seus investimentos em suas prioridades estratégicas, levando em consideração a máxima de que “o bom é inimigo do ótimo”, ou seja, estas empresas sempre estiveram cientes da distinção entre capacidades de TI que “precisamos ter” da que “seria bom se tivéssemos”.

Ok pessoal.... Passamos pelas decisões de TI, nas próximas postagens daremos início a descrição dos tipos de pessoas que irão ter o poder decisório sobre cada uma das decisões descritas até agora... Vocês verão que a coisa vai começar a esquentar...

Decisões de TI - Parte 2

E aí pessoal! Não desanimem nem se percam nas decisões de TI! Nesta postagem falaremos sobre a terceira decisão de TI.


Infraestrutura de TI (Conforme novo acordo ortográfico) – Esta decisão é muito importante para as organizações uma vez que ela representa a base da capacidade planejada de TI (tanto técnica como humana) disponível em todo o negócio, na forma de serviços compartilhados e confiáveis, e utilizada por aplicações múltiplas.

Difícil de entender? Eu explico. A infraestrutura na visão de Peter e Weill não se restringe ao arcabouço de Hardware e Software, ela inclui também a expertise em pesquisa e desenvolvimento no que diz respeito à identificação de tecnologias emergentes para o negócio, além dos serviços de rede de telecomunicação, intranet, provisão e gerenciamento do parque computacional e sistemas gerenciadores de banco de dados (SGBD).

Na próxima postagem finalizaremos as decisões de TI. Aguardem....

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Decisões de TI - Parte 1

Continuando o tema abordado na postagem anterior e apoiando o que Peter e Weill propuseram no livro Governança de TI, acredito que toda empresa precisa tomar as seguintes decisões inter-relacionadas sobre a sua TI a fim de se implantar uma boa governança: decisões sobre os princípios de TI, sobre a arquitetura de TI, sobre a infraestrutura de TI, sobre as necessidades de aplicações do negócio e sobre os investimentos e priorização da TI.


Princípios de TI – É a bússola da TI. Tem o objetivo de definir o comportamento desejável tanto para os profissionais quanto para os usuários da TI e são norteadores de todas as outras decisões. Assim, qualquer equívoco em relação aos princípios de TI limitará a eficácia das outras quatro decisões.


Arquitetura de TI – Não vamos confundir esta decisão com a decisão sobre a infraestrutura de TI. Aqui se define os requisitos de padronização e integração de processos da empresa, ou seja, a organização lógica dos dados, aplicações e infraestruturas, definida a partir de um conjunto de políticas, relacionamentos e opções técnicas adotadas para obter a padronização e a integração técnica e de negócio. Não significa dizer que tem que ser algo rígido, porém as aplicações, novas ou não, necessitam de uma base estável sobre a qual serão construídas.

Nas próximas postagens continuaremos com as explicações sobre as outras decisões de TI – Aguardem...

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Quem Manda?

Quando comecei a estudar governança de TI, acreditava que iria aprender de imediato uma série de melhores práticas, metodologias e aquele mundo de letrinhas que todos que mexem com está área adoram citar (ITIL, COBIT, etc., etc.). Todas essas metodologias ou guias de melhores práticas têm seu valor e as veremos aqui neste blog, porém, na verdade, o que temos que aprender logo de início é: quem manda no quê?

Se um dos conceitos formais de governança de TI é “a especificação dos direitos decisórios e do framework de responsabilidades para estimular comportamentos desejáveis na utilização da TI”, ou seja, a capacidade de deixar claro as estratégias de negócio e o papel da TI em concretizá-las, então nada mais óbvio que, inicialmente, identificarmos quem manda no quê para que possamos, então, definir como a TI será utilizada para alcançar as estratégias de negócio.

Nas próximas postagens identificaremos as áreas de decisão que devem estar mapeadas, a fim de identificar “quem manda”... Vocês não perdem por esperar...

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O Mundo é Plano


O título desta postagem não é invenção minha, nem tão pouco se refere à época da expansão marítima, onde os desbravadores do “novo mundo” achavam que a linha do horizonte era o fim do oceano e o início de uma imensa cachoeira que ia dar no nada ou na boca de um grande dragão (pense!!!).

A verdade é que as distâncias foram diminuídas, que as barreiras para a comunicação foram praticamente reduzidas à ignorância de poucos governos e que os mercados passaram a estar na alça de mira de qualquer empresa, seja uma multinacional ou uma empresa caseira. Não gosto de fazer propaganda de graça, mas o livro cuja capa é mostrada abaixo é leitura obrigatória para quem quer entender em que "mundo plano" estamos vivendo hoje. Segundo o livro de Thomas Friedman, cujo título foi plagiado nesta postagem, “Estamos achatando a Terra (...) graças aos computadores, ao correio eletrônico, às redes, à tecnologia de teleconferências e a novos softwares, mais dinâmicos. O mundo é PLANO!”.

É com esse pensamento que irei tentar escrever as próximas postagens. Acredito que fazer uma gestão de TI inteligente deixará de ser um diferencial competitivo para ser uma espécie de commodities. As empresas que não a fizerem estarão fadadas ao insucesso. Esse blog é para tratar exatamente disso... Vamos juntos?
(Aguardem as cenas dos próximos capítulos...)

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Pra Início de Conversa

Caros gestores de TI, analistas de sistemas, técnicos em informática, “micreiros”, interessados por tecnologia e a quem mais interessar, criei esse espaço com a intenção de trocar informações, compartilhar conhecimento e fomentar uma discussão que ainda está engatinhando em nosso país: como implementar uma TI inteligente em nossas empresas. Acredito que conhecimento se constrói com a participação de todos, por isso, me sinto na obrigação de fazer algo para contribuir com o crescimento dos profissionais da área de TI, especialmente os responsáveis pela gestão.

Neste espaço estaremos discutindo vários temas relacionados à gestão de TI e seus “afluentes”. Técnicas, modelos, metodologias, experiências vividas, tudo isso será abordado de forma direta, simples e, na medida do possível, divertida.

Boa leitura...